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PERSPECTIVAS PARA 2018 – "Interesses opostos"

  • Amir Khair
  • 10 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Devemos continuar em 2018 sob a égide de interesses opostos entre a sociedade (que clama por justiça, respeito aos direitos e deveres e melhores oportunidades a todos) e os interesses dos poderes econômico, político e da mídia.

A mídia, que deveria ter um caráter democrático, vem seguindo o governo e o grande capital ao propagar que a economia deve crescer 1% neste ano e 3% em 2018.

Enquanto isso, na sociedade, só 21% da população espera um ano melhor do que este. O alto desemprego, endividamento das famílias, precarização do mercado de trabalho e ameaças de toda sorte, como a retirada de direitos da população, são vetores fortes a explicar essa dicotomia.

Devemos continuar assistindo à impunidade e seletividade no julgamento de políticos; às agressivas reformas ditas pelo governo como "modernizantes" (mas na realidade desestruturantes); e à continuidade dos privilégios da alta cúpula do Estado.

O desvio de recursos para presentear o grande Capital, o patrimonialismo e o corporativismo são os principais fatores do atraso do capitalismo brasileiro. Romper com isso é o desafio. É possível?

Felizmente sim, mas leva tempo. Pressupõe o esclarecimento e maior consciência da população sobre seus direitos e deveres. A cidadania precisa crescer. Neste sentido, as redes sociais podem trazer importante contribuição para melhorar a educação cívica e política das pessoas e oferecer um contraponto ao papel desempenhado pela mídia.

Apertar nos direitos sociais, na precarização do trabalho com a reforma trabalhista, não impulsiona o País para a frente. Só retarda a retomada da economia. Não é o mercado financeiro, nem a bolsa de valores o melhor termômetro da economia, mas sim a expansão da massa salarial, que está sendo atingida por essa política econômica atrasada sob o nome de reformas.

A eventual economia obtida pelo grande capital sobre o trabalho se volta na sequência contra o próprio capital pela redução do consumo, em seguida pela redução do comércio, serviços, produção e faturamento. Na ponta da linha ocorre a perda de arrecadação do governo.

Se a dicotomia continuar, como prevejo, é provável que ocorra um avanço na consciência das pessoas com visão crítica mais acentuada, o que poderá trazer surpresas nas próximas eleições.

Aguardem!


 
 
 

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