ELEIÇOES PÓS-PRISÃO DE LULA

O PT reafirma, mesmo após a prisão de seu líder máximo, que "eleições sem Lula é fraude" e que o candidato do partido é Lula. Há a esperança de obtenção de algum sucesso na via da Justiça, que ainda pode ser tentada para ter Lula nessa disputa.

No dia 15, último domingo, saiu a primeira pesquisa da Folha de São Paulo avaliando as intenções de voto dos candidatos já anunciados nesse pleito presidencial, considerando cenários com Lula dentro e fora da eleição.

Embora a manchete coloque que Lula cai nas intenções de voto de 34% a 37%, segundo alguns cenários, na pesquisa anterior, para 31%, nessa última, ele ainda lidera com folga, mesmo após sua prisão, o que é para ser comemorado pelos que tem em Lula seu candidato preferido. A oscilação para baixo beneficiou Marina Silva e Ciro Gomes, metade para cada um. Bolsonaro ficou em segundo com 17%, seguido por Marina com 16%. Ciro subiu de 6% para 9%, Alckmin segue estacionado em 7% e a novidade foi Joaquim Barbosa, que entrou agora e já somou 10%. Os demais candidatos quase não pontuaram.

Caso Joaquim Barbosa continue a subir, analistas apontam que vai tirar pontos de Bolsonaro, o que vale conferir. Os candidatos do plano B do PT (Fernando Haddad e Jaques Wagner) ficaram abaixo de 2%, evidenciando a dificuldade de ascensão dessas candidaturas.

A tendência natural, caso Lula fique fora da disputa, é o afunilamento em três a quatro nomes para essa disputa. Nelson Barbosa pode ser a novidade nessa disputa. Vai depender da sua exposição na mídia e nas redes sociais e se traz mensagens de esperança aos eleitores.

Essas eleições terão um caráter diferente das anteriores, seja pela eventual ausência de Lula (o favorito), seja pela redução da influência do poder econômico, seja pela interrupção devido à Copa do Mundo, seja por conta do reduzido tempo de campanha e de aparição no horário eleitoral.

Isso torna mais importante o papel das redes sociais na formação das preferências eleitorais.