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IMPORTANTE CHAVE PARA O CRESCIMENTO

  • Amir Khair
  • 18 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

O governo comemorou o fato da economia ter crescido 1% no ano passado e aposta que crescerá 3% neste ano. Os primeiros resultados deste ano, no entanto, não apontam nessa direção.

É bom lembrar que o que permitiu o crescimento de 1% foi a colheita recorde ocorrida em 2017, considerada como tendo contribuído em 70% para esse resultado. Neste ano isso não irá se repetir, segundo as mais recentes estimativas sobre a safra agrícola. Assim, somente outro fator relevante é que poderia animar estimativa mais favorável de crescimento.

Tenho batido na tecla que para crescer é necessário a elevação do consumo, que representa sempre mais de 60% na composição do Produto Interno Bruto. Contra a elevação do consumo persistem o alto desemprego e a não reação dos salários, especialmente sob a égide do impacto da reforma trabalhista, que está tornando precária a força de trabalho, ao priorizar o trabalho informal, sem carteira assinada.

Nessas condições, a massa salarial não cresce e, portanto, o consumo não deslancha. As tentativas de melhoria do crédito ensaiadas pelo Banco Central, como o cadastro positivo, anunciado com pompa pela mídia nesses dias, ainda dependem de aprovação no Congresso e terão efeito limitado sobre as taxas de juros do crediário.

Para destampar o crédito é fundamental reduzir radicalmente as taxas de juros do cartão de crédito, o vilão que suga o orçamento doméstico. À guisa de comparação, essa taxa de juros na América Latina gira no entorno de 20% ao ano, sendo a mais alta, fora o Brasil, a do Peru (50%). Nos Estados Unidos é 14% e aqui sempre esteve acima de 300%. Atualmente está em 319%, segundo a Associação Nacional dos Executivos em Finanças Administração e Contabilidade – ANEFAC.

Todos sabem que o cartão de crédito é a modalidade mais usada de financiamento das pessoas para adquirir suas necessidades, seja nos supermercados, seja nas compras nas lojas ou pela internet no e-comércio. Como o lucro do sistema financeiro é muito favorecido por essas elevadas taxas de juros e, como o Banco Central opera em sintonia com os interesses desse mercado, não há o que esperar desse governo, nem de outro que seja submisso a esse mercado, como todos até agora. Esse é, na minha opinião, um importante tema a ser debatido em campanha eleitoral por ser a mais importante chave para beneficiar o consumo.


 
 
 

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