top of page

QUAL O IMPACTO DA PRISÃO DE LULA?

  • Amir Khair
  • 16 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Embora os admiradores de Lula gostariam que ele não fosse preso, me parece que vai continuar assim por bom tempo, pois há outros processos correndo na Justiça e não poderá contar com o foro privilegiado. Mas, nas circunstâncias imprevisíveis do judiciário, qualquer previsão está sujeita a furar.

Entrando nos impactos dessa prisão, vejo pela minha Página que isso trouxe maior união das esquerdas, as quais, embora continuem divididas nas disputas no primeiro turno para presidente da República, irão se juntar caso algum dos seus candidatos lograr ir ao segundo turno.

Lula teve 83% de avaliação de ótimo e bom nas pesquisas sobre desempenho da sua gestão após 8 anos de governo, marca nunca alcançada pelos seus antecessores. Conseguiu eleger Dilma Rousseff, figura pouco conhecida naquela época. Mesmo após um governo que não atingiu os objetivos a que se propunha, Dilma se reelegeu para um segundo mandato e Lula foi decisivo para isso.

Apesar dos problemas na relação com o poder econômico que o levaram à prisão, ninguém nega o fato de Lula ser o divisor de águas dessa próxima eleição. Despontava com folga no primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o dobro do segundo colocado, o que provavelmente o levaria para o segundo turno do pleito presidencial.

Tenho afirmado nesta Página que a condenação de Lula tem mais a ver com seu afastamento da disputa do que com as acusações constantes do processo que o condenou.

Mesmo preso, sua influência política continuará marcante e, depois da intensa campanha que sofreu da mídia e do poder econômico, a posição conciliadora que sempre moveu suas ações tende a ser substituída por uma posição ideológica mais clara à esquerda, portanto, de menos conciliação e mais de enfrentamento, mas dentro dos marcos institucionais que vigoram no País.

Ele quer deixar herança aos jovens políticos e isso ficou claro no seu discurso que antecedeu sua prisão ao destacar os nomes de Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Avila (PCdoB) e Fernando Haddad (PT) como continuadores próximos de suas posições políticas.

Sua retirada da disputa abriu espaço ao segundo colocado, que passou a liderar, por enquanto, com folga a preferência eleitoral. Resta ver se a transferência de votos irá permitir que o seu indicado consiga chegar ao segundo turno. Por enquanto, a disputa está nebulosa. A entrada de Joaquim Barbosa e Marina Silva pode trazer surpresas nessa disputa.

Certamente Lula será testado em seu legado e isso vai ficar claro cada vez mais até outubro.


 
 
 

Comentários


Posts Em Destaque
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page