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CAPITAL X TRABALHO

  • Amir Khair
  • 13 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

O capitalismo é, sob o ponto de vista econômico, o sistema mais eficiente para a dinâmica econômica que se conhece até hoje. Se baseia na livre concorrência entre as empresas, o que, no processo competitivo, premia as mais eficientes. A consequência, em geral, é a produção de bens e serviços, que melhor atendam à demanda do mercado.

Em contrapartida, é um sistema que elimina, pelo caminho empresas, o que reduz o próprio processo competitivo, gerando acúmulo crescente do capital.

Para sobreviver, a empresa tem que estar sempre atenta à concorrência e, assim, estar preparada para enfrentar permanentemente suas adversárias, num processo contínuo de vida ou morte.

No processo produtivo, onde participam capital e trabalho, pode haver várias formas de organização, valendo destacar interesses em oposição ou em sintonia. Há oposição na medida em que o capital mais se viabiliza quanto menos remunera a mão de obra e, em sintonia, quando o sistema é cooperativo ou motivacional, tipo a participação dos empregados no lucro da empresa. No caso de oposição é comum trabalhadores trabalharem com o receio da perda do emprego.

A reforma trabalhista aprovada no final de 2016, com vistas a reduzir o custo da mão de obra nas empresas, tornando-as mais competitivas, trouxe como consequência negativa para os trabalhadores a precarização da mão de obra, com consequências sociais graves, que valem ser analisadas. Por outro lado, a redução do custo implica em redução da massa salarial e, consequentemente, do faturamento das empresas.

Levantamento feito a partir de microdados da Pnad Contínua (divulgada 4ª feira pelo IBGE) revela que o número de pessoas em situação de extrema pobreza passou de 13,34 milhões em 2016 para 14,83 milhões em 2017. Assim, 1,49 milhão caiu na miséria em apenas um ano, numa piora de 11,2%. O conceito adotado de "extrema pobreza" são pessoas com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 136 por mês em 2017.

Segundo Cosmo Donato, economista da LCA Consultores, responsável pelo levantamento, a expectativa era que a retomada econômica e a queda da inflação tivessem produzido números melhores no ano passado. Ele atribui a piora ao fechamento de postos de trabalho com carteira assinada, que tem garantias trabalhistas e pisos salariais.

Imaginem se não fosse o recorde de produção agrícola do ano passado, que garantiu o crescimento de 1% no PIB, quanto de piora haveria além da ocorrida.


 
 
 

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