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BOLSONARO (I)

  • Amir Khair
  • 6 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Com o cenário mais provável de Lula ser impedido de disputar a eleição pela Lei da Ficha Limpa, quem lidera as intenções de voto nas pesquisas é Jair Jair Messias Bolsonaro, com larga margem sobre os demais concorrentes que apareceram até agora.

Vale considerar a recente entrevista do diretor Danilo Cersosimo da francesa Ipsos, terceiro maior grupo de pesquisas do mundo sobre o cenário eleitoral. A principal conclusão da pesquisa aponta Bolsonaro como detentor, além de elevados índices de intenção de voto, de um percentual considerável na avaliação de sua imagem. Seu nível de aprovação varia entre 20% e 24%.

Para Danilo, a intenção de votos, somada à aprovação da imagem, demonstra que Bolsonaro tem uma base consistente e não será desidratado facilmente ao longo da campanha, mesmo dispondo de menos tempo de rádio e TV e de recursos que tem boa parte de seus adversários. “Ele já tem base, não é apenas um fenômeno que vai se esvair do nada. Do ponto de vista da corrida eleitoral, é preciso saber como esse jogo vai acontecer, muito provavelmente sem Lula”, diz o diretor da Ipsos.

Danilo considera que, mesmo tendo quase 30 anos de mandatos na Câmara, Bolsonaro projeta para parte do eleitorado o sentimento “antipolítico” e tende a ser o grande beneficiário se nomes que poderiam ocupar esse espaço, como Joaquim Barbosa e Luciano Huck, ficarem de fora da disputa.

“A tal desidratação de Bolsonaro pode ocorrer se vier um nome desse perfil. Os debates serão decisivos para ele. Vai depender de quem serão os interlocutores, isso vai ser fundamental para tomada de decisão durante a campanha, que é relativamente curta pela importância que tem.”

Na entrevista, o diretor da Ipsos também aposta que o PT ficará fora do segundo turno da eleição, devido à fragilidade dos cotados para substituírem Lula caso se confirme o indeferimento de sua candidatura, casos de Fernando Haddad e Jaques Wagner. Será?

Para Danilo, Geraldo Alckmin (PSDB), é um nome que tem todas as condições de chegar à rodada final de votação com grandes chances de vitória. “Se for Alckmin, é muito grande a chance pela força partidária do PSDB, ainda que internamente continue em fragmentação. Hoje vejo mais força no PSDB do que no PT para chegar ao segundo turno. Um segundo turno entre ambos é quase impossível”, considera.

Se sua previsão ocorrer, teríamos no segundo turno Alckmin e Bolsonaro e o PT fora da disputa.

As avaliações podem e devem ser consideradas e avaliadas, mas o mais importante é que o cenário eleitoral varia com rapidez que as pesquisas não conseguem nem podem prever.


 
 
 

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