GUERRA COMERCIAL (I)
- Amir Khair
- 28 de mar de 2018
- 2 min de leitura
O mundo vive desde o início deste século, acirrada disputa comercial entre países e blocos econômicos impulsionada pela redução de custos dos meios de transporte e comunicação conjugada com o processo de redução das alíquotas de importação dos diversos países em confronto. É a globalização em marcha.
É vital para qualquer economia transacionar produtos e serviços importando de acordo com suas necessidades o que é mais vantajoso em termos de preços e qualidades e exportando o que consegue disputar com vantagem em relação a outros países.
Esse processo de globalização consistiu no aprofundamento da integração não só econômica, mas, também, política, social, cultural entre os países.
A radicalização da disputa internacional por mercados impôs verdadeira guerra de custos, entre estes merece destaque os relativos à mão de obra.
Produtos e serviços onde o peso da mão de obra é significativo na composição dos custos de produção e comercialização tende a deslocar sua origem para os países que têm mão de obra mais barata, desde que seja possível conjugar a produtividade da mão de obra na viabilização da produção.
No confronto internacional os chamados países emergentes apresentam custos de mão de obra mais baixos do que as economias dos países ditos desenvolvidos. Nesse sentido o leste asiático, especialmente a China foi ampliando a penetração de sua produção na disputa internacional em confronto especialmente com os EUA e Europa.
Veio se somar a essa onda a imigração legal ou não de contingentes crescentes de pessoas na busca de melhores condições de vida, muitas vezes expulsas de seus países por guerras e/ou perseguições religiosas e raciais. Países como a Alemanha, cuja mão de obra começava a escassear passaram a aceitar uma parte dessa imigração.
A consequência desse processo de substituição de mão de obra mais cara por mais barata trouxe profundo conflito entre os residentes e os imigrantes gerando uma onda protecionista com implicações políticas que foram ganhando importância crescente junto à população.
No próximo artigo na 6ª feira vamos analisar os desdobramentos mais recentes com a ascensão de Donald Trump à presidência dos EUA.




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