INDIGNAÇÃO E REVOLTA
- Amir Khair
- 19 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Causou profunda comoção na sociedade a execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em pleno centro do Rio de Janeiro.
Essa vereadora foi criada na favela da Maré e sempre atuou contra a violência da polícia sobre a população favelada. Tinha 38 anos, formada em sociologia pela PUC e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com dissertação sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).
Cumpria seu primeiro mandato sendo eleita com a quinta maior votação na cidade. Era uma ativista dos direitos humanos, dos direitos das mulheres, negros e dos pobres da favela, como ela foi.
São raros os políticos que se dedicam às causas populares. Normalmente quando chegam ao poder olham para seus interesses pessoais e de seus financiadores de campanha. O Legislativo (Congresso, Assembleias Legislativas dos Estados e Câmaras Municipais) vem atuando há vários anos como uma espécie de clube fechado que distribui benesses a seus integrantes.
Essa execução não atingiu apenas Marielle e Anderson, mas a todos que combatem a desigualdade social e que defendem o direito à livre expressão de ideias.
Ao se perder uma liderança popular como Marielle outras surgirão. Seu exemplo é seu legado. Sua luta vai crescer, não há como detê-la. Mexeu com o País e multidões adormecidas saíram novamente às ruas.
Que a indignação e revolta gerada por essa execução contribua para elevar a consciência política e a cobrança de justiça a todos.
Embora seus familiares e companheiros do PSOL desconheçam qualquer ameaça de morte a Marielle vale destacar o que ela publicou nas redes sociais no sábado:
“O que está acontecendo agora em Acari é um absurdo! O 41º batalhão da PM é conhecido como Batalhão da Morte. CHEGA de matarem nossos jovens”.
Esse batalhão é acusado por moradores de truculência e considerado o que mais mata no Rio de Janeiro.
A sociedade cobra a elucidação desse crime e a punição a seus executores e mandantes. A impunidade é o convite ao avanço da barbárie dos criminosos.




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