FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ELEITORAL
- Amir Khair
- 12 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Financiamento de campanha por parte de empresas é um convite à corrupção. Bastaram algumas empreiteiras e a JBS para mostrar a extensão do crime que advém do conluio entre o poder político e o poder econômico.
Eliminada essa possibilidade pelo STF os parlamentares apelaram para substituir essa fonte de recursos pelo financiamento público (leia-se: financiamento da população), que nessas eleições vai sangrar o cofre público na bagatela de R$2,6 bilhões!
No ano passado a Câmara custou ao País R$5,1 bilhões para 513 deputados, ou seja, um custo por deputado de R$10 milhões. No Senado o total gasto foi de R$3,9 bilhões para 81 senadores, cada um custando R$48 milhões. Mais assustador ainda é o Tribunal de Contas da União que custou R$1,8 bilhões e tem 9 ministros, ou seja, um mastodonte que custa por ministro R$203 milhões!!!
É um verdadeiro acinte à população ter que custear o Legislativo numa despesa que perfaz R$10,8 bilhões! A esses valores irão adicionar-se os tais R$2,6 bilhões aos senhores políticos para fazer campanha eleitoral. É justo isso? Não acho.
As pessoas que trabalham têm que dar duro para defender seu emprego com riscos de ficar desempregados pela dinâmica do mercado. Não têm ajuda alguma para disputar uma vaga no mercado de trabalho.
A nova lei trabalhista acabou com a contribuição sindical obrigatória de um dia de salário de cada trabalhador. Os sindicatos terão que custear sua representação mediante a contribuição de seus filiados.
Porque os partidos políticos têm que ser diferentes? Não deveriam viver da contribuição de seus filiados? As despesas de campanha deveriam correr por conta do partido e do que aportar o candidato com seus apoiadores.
Em tempo de apertar o cinto porque todo o ônus deva ser descarregado em cima da população como no caso da fracassada reforma da previdência? Tem muita gordura para queimar pela redução/eliminação dos privilégios que campeiam no Congresso.
Vale discutir isso.




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