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ROMERO JUCÁ: "É PRECISO ESTANCAR A SANGRIA DA LAVA-JATO"

  • Amir Khair
  • 2 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

O assalto aos cofres públicos existe há décadas pelo conluio entre o poder econômico e o poder político. O que passou a existir principalmente a partir do governo Lula foi o maior aparelhamento e preparo da Polícia Federal e do Ministério Público e foram criadas mudanças na legislação para punir/inibir os faltosos.

Bom lembrar que na época de FHC (1995/2002) o Procurador Geral da República, Geraldo Brindeiro, barrou todas as ações de investigação daquele governo, varrendo tudo para debaixo do tapete. Ficou conhecido como o engavetador Geral da República. Ninguém foi punido e nem ocorreu mudanças na legislação para punir os faltosos.

É vergonhoso que ainda permaneça o foro privilegiado dos parlamentares, que somente poderão ser julgados por seus pares, como o recente caso Aécio, e a complacência criminosa do Supremo Tribunal Federal (STF), que não julga e deixa prescrever denúncias contra cardeais do PMDB e PSDB. Vendo o cerco se apertar com riscos crescentes de estender para além do PT, os cardeais dos outros partidos já tentaram alterar/criar legislação que os protejam das investigações e condenações.

Devido à forte repulsa da sociedade fracassaram todas as tentativas do Congresso para, nas palavras de Romero Jucá, “estancar a sangria” da Lava Jato. No entanto, está em curso no STF duas decisões preocupantes: a) restringir o foro privilegiado de políticos com mandato e; b) acabar com a prisão após condenação em segunda instância.

Com isso, vários criminosos de colarinho branco presos ou com ameaça de prisão estariam livres. Isso porque o julgamento dos políticos sairia da alçada do STF e passaria a ser feito na primeira instância, iniciando da estaca zero.

Ao jogar para a primeira instância o julgamento de parlamentares o objetivo é protelar o julgamento até a última instância. O caso Maluf é o exemplo. Bandido de grosso calibre só foi engaiolado recentemente em denúncias com provas desde que foi prefeito (1993/1996).

O problema, no entanto, não para por aí. É golpe mortal nas delações premiadas, pois o que as motivam é o risco iminente de prisão e/ou a redução da pena.

É um golpe a favor da impunidade, pois se algo pode avançar na constituição de provas foi a delação premiada. Não pela delação em si, mas pelo que ela pode conduzir nas investigações.

O objetivo principal da elite e da direita foi afastar Lula da disputa presidencial. Só falta agora conseguir livrar a cara dos outros bandidos fora do PT. Liquidaria de vez com as aparências de justiça.

A conferir.


 
 
 

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