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MAIS SEGURANÇA?

  • Amir Khair
  • 28 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Se existe algo concreto relativo ao tema da violência é que ela não para de crescer. O tráfico de drogas, a corrupção de policiais e de autoridades em vários níveis, a disputa de território entre facções, junto com o contrabando de armas são fatores que contribuem para a escalada da violência.

Essa violência, enquanto circunscrita às favelas, não incomodava tanto as autoridades. Quando avançou para fora delas, como nos arrastões e nas linhas de tiro entre gangues ou na Linha Vermelha no Rio de Janeiro, expôs toda a sociedade. Fato é que isso já vinha ocorrendo, mas em escala não tão elevada.

O termômetro político dessa escalada é a importância que assumiu nas pesquisas o candidato da extrema Direita. A intervenção militar em todo o Estado do Rio de Janeiro elevou o tom do embate entre poder público e o crime organizado. O que esperar disso? Difícil prever.

É claro que no início vai dar uma acalmada nessa escalada de violência, mas há que considerar que a área de atuação das organizações criminosas é todo o território nacional. Elas se deslocam com extrema mobilidade e fazem o comando de dentro das cadeias, que funcionam como escritórios de atuação. Corrompem o que for necessário para seus objetivos. Não lhes faltam recursos e estão mais bem aparelhadas em armas que as polícias nos Estados.

Por certo, a entrada do Exército, especialmente, reforça a força de contenção. Só o tempo dirá como se desenrolará esse embate.

Uma coisa parece estar clara: as restrições que virão à venda de drogas farão deslocar as operações para outros locais menos protegidos. As autoridades do demais Estados já estão preocupadas com mais ações do tráfico e da violência em seus territórios. É como trocar 6 por meia dúzia? Quem sabe.

O precedente criado no Rio de Janeiro poderá, assim, servir como pretexto para outros pedidos de presença das Forças Armadas em outros Estados.

Como o Rio de Janeiro não dispõe de recursos para arcar com os custos dessa intervenção, tudo deve cair nas costas do governo federal. Outros Estados que também estão mal das finanças podem se sentir no direito de solicitar tropas federais com o ônus ao governo federal.

Fato é que vamos assistir nova escalada de despesas para o setor público e o congelamento de despesas vai ficando cada vez mais inviável.


 
 
 

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