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O QUE VIRÁ PELA FRENTE?

  • Amir Khair
  • 26 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Há alguns meses previ em vários artigos o fracasso do governo em tentar aprovar a reforma da Previdência Social. A forte reação da sociedade já fazia antever essa derrota.

O governo, no entanto, foi esticando a corda até onde deu, querendo dar a impressão de que insistiria na sua aprovação. Afinal, tinha conseguido aprovar o "teto de gastos" e a reforma trabalhista. Por que não a da Previdência, seu principal objetivo?

Ocorre que essa reforma mexe com toda a sociedade, que não aceita redução dos seus direitos após toda uma vida de trabalho e contribuição para sua aposentadoria.

Uma segunda derrota desse governo veio logo a seguir com a açodada tentativa de tentar pautar a agenda de votações dos 15 projetos de interesse do Executivo no Congresso em substituição à frustrada reforma da Previdência. Os presidentes das duas Casas Legislativas refutaram duramente a tentativa do Temer.

Fato é que toda estratégia do plano econômico deste governo se apoiava na aprovação da reforma da Previdência. Esse plano ruiu mais rápido do que o previsto. Deve-se seguir a esse fracasso a outra peça da estratégia: a armadilha que a equipe econômica armou ao aprovar a emenda constitucional que congelou por 20 anos as despesas não financeiras do governo federal. Análises preveem que vai cair de madura até o próximo ano.

A intervenção militar no Rio de Janeiro, decidida às pressas sem qualquer planejamento, foi o pretexto encontrado por Temer para a desistência da reforma previdenciária e da derrocada da estratégia da política econômica.

A desesperada tentativa de substituir o fracasso pela intervenção militar vai dar uma sobrevida ao governo. Mas pode deixar cada vez mais claro que foi dado um cheque em branco às Forças Armadas e estas sabem que um eventual fracasso as atingiria em cheio.

Este precedente criado no Rio de Janeiro é perigoso, pois pode-se estender a outros Estados, cuja onda de violência é crescente. As greves das polícias por atrasos de pagamentos de salários é ameaça latente, o que pode levar a outras intervenções militares.


 
 
 

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