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DESATRELANDO AS AMARRAS

  • Amir Khair
  • 23 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Enquanto se discute quem será o futuro presidente da República após a decisão afastando Lula da disputa, pouco se fala sobre o novo Congresso.

Fato é que vai continuar o excesso de partidos (a maioria siglas de aluguel) à cata de benesses do governo. Essa dispersão torna mais difícil a obtenção de maioria na votação de projetos de interesse do Executivo. Assim, um governo de coalizão vai ter dois caminhos: a) continuar a fazer concessões de agrado da base partidária para governar, o que muitas vezes impede a racionalidade que é necessária ao desenvolvimento do País; e b) buscar o apoio na sociedade, que melhor expresse sua vontade, via pesquisas e nas redes sociais.

Essa segunda opção vem ganhando corpo nos últimos anos, na crescente popularização das redes sociais. Exemplo disso foi a forte repulsa à aprovação da reforma da Previdência Social, que impactou parte importante do Congresso.

Foi uma reação longa, dura e finalmente vitoriosa da sociedade, que derrubou as pretensões do Executivo, mesmo tendo a seu favor o poder econômico e a mídia abastecida por vultosa verba de propaganda.

Com a aproximação da eleição as propostas para o desenvolvimento do País tendem a crescer. De um lado, o pensamento neoliberal conservador, com forte apoio do mercado financeiro e da mídia, propondo reformas, privatizações e redução do papel do Estado na economia e na área social. O sistema político deve continuar comandado pelo poder econômico, na eleição e nas decisões do Legislativo. Os grandes bancos continuarão no comando da economia e no Banco Central para preservar as altas taxas de juros que praticam.

Do outro lado está o pensamento desenvolvimentista, com apoio popular pelo respeito aos direitos sociais e um Estado focado no desenvolvimento econômico e social. Terá que se apoiar nos anseios da população, expressos nas redes sociais. A redução das taxas de juros deverá ser o carro-chefe para a retirada dos freios da economia e para a solvência fiscal.

São dois projetos antagônicos e excludentes: o "continuísmo" da política desse governo ditada pelo mercado financeiro ou a "mudança" na direção do rompimento da hegemonia do mercado financeiro, desatrelando o Brasil das amarras do conservadorismo neoliberal?


 
 
 

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