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PERSPECTIVA ELEITORAL – ECONOMIA

  • Amir Khair
  • 16 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

O mercado financeiro aposta todas as fichas num candidato que dê continuidade à política econômica que vem sendo adotada por este governo: reformas, privatizações, redução das despesas sociais e do papel do Estado na economia. Apoiam o candidato que possa ir além desse receituário, que tenha competência política para negociar com o Congresso a legislação que dê suporte à implantação dessa política econômica.

O governo Temer teve sucesso inicial na aprovação do "teto de gastos" e da reforma trabalhista. Perdeu cacife político e viu encolher sua base de apoio no Congresso, após as denúncias de Joesley Batista da J&F. A cota de desgaste parlamentar pela rejeição às duas denúncias contra Temer feitas pela Procuradoria Geral da República bloqueou a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência Social, pelo menos neste ano. O governo ainda vai tentar essa aprovação, mas dificilmente terá sucesso.

Assim, o que resta ao governo é ter resultado na economia neste ano de: a) crescimento de 3%; b) inflação comportada, abaixo de 4,5%; c) câmbio estável em R$ 3,30/US$; e d) redução do desemprego para algo próximo a 10%. Seria, segundo o mercado, o ideal nas circunstâncias para drenar votos ao candidato "continuísta".

A favor do governo tem um impulso de crescimento vindo do final do ano passado: outra safra agrícola expressiva e próxima do recorde de 2016/2017, que vai ajudar na manutenção de inflação baixa e um princípio de retomada de investimentos em alguns setores.

Será isso suficiente para tentar vender a ideia de que o País já está saindo da crise e que não convém arriscar com algum candidato de esquerda ou aventureiro, que leve a economia para outro rumo?

Penso que outros fatores poderão pesar mais no eleitorado. Entre eles a insatisfação com a política deste governo, dados os resultados pífios de crescimento que não tem segurança que vá ocorrer, mesmo porque é frustrado pelo alto índice de desemprego e de endividamento das famílias. Acrescente-se a isso a repulsa generalizada à reforma da Previdência Social, sentida como perda de direitos.

Nessa última hipótese, pode ganhar força o candidato que melhor expressar a mudança dessa política atual, mas há que apontar e defender propostas desenvolvimentistas e viáveis de serem implementadas como condição necessária para ganhar apoio e confiança de amplas camadas do eleitorado.


 
 
 

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