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PALOCCI COM A PALAVRA?

  • Amir Khair
  • 14 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Há uma indagação frequente nos comentários desta Página: será que, após a condenação de Lula, seguirão condenações a outros políticos que não gozam de foro privilegiado? As opiniões se dividem. Uns acham que políticos de outros partidos, fora do PT, continuarão protegidos pela Justiça, como os recentes casos de Romero Jucá (MDB) e José Serra (PSDB). Outros acreditam que a Justiça se fará para todos indistintamente, pois já pegaram Maluf, Geddel, Cunha, Rodrigo Rocha Loures e outros.

Pelo já ocorrido no passado, tenho a impressão que a Operação Lava-Jato e outras vão perder força e ficarão de fora os cardeais do PSDB e MDB, mesmo se deixar de existir o foro privilegiado. A fala golpista de Jucá pode se materializar.

Fato é que o Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria dar o exemplo, omite-se e deixa prescrever os processos que dormem nas prateleiras. O mais grave é que o órgão máximo da Justiça se politizou de forma tal que suas decisões já não causam surpresas, pois seus ministros dão declarações à imprensa antecipando suas posições em matéria a ser julgada.

O caso mais recente é se Lula vai ser preso. A troca de advogado na defesa de Lula, agora o respeitado Sepúlveda Pertence, trouxe alguma esperança de que Lula só seria impedido de disputar a eleição, mas teria o habeas corpus concedido pelo pleno do STF.

O que chama a atenção é que donos de empreiteiras e de grandes grupos como da J&F foram presos. Mas, e quanto aos banqueiros? Seguirão incólumes? Sabe-se que os bancos, junto com as empreiteiras e a indústria de alimentos, são os três maiores financiadores de campanha presidencial e para o Congresso. Ocorreu apenas uma suspeita: Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, envolvido na Operação Zelotes, foi inocentado por unanimidade pelo Tribunal Federal de Recursos da 1ª. Região. Essa operação nem aparece na mídia. Os bancos são poderosos anunciantes, o que explica esse conluio. A Operação Zelotes pode, no entanto, ganhar fôlego. Há um risco iminente numa eventual delação premiada de Antônio Palocci. Há tempos ele vem tentando fazer essa delação e, por motivos ignorados, é significativo que o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato ainda não tenham se manifestado a favor dessa delação. É estranho, pois, face ao que já foi delatado pelas empreiteiras, Palocci tratava dos grandes acordos e movimentações de recursos para o PT. Vale lembrar, também, que ele declarou ao juiz Sérgio Moro que "teria muita coisa a contar". Como as delações já ocorridas pelas empreiteiras e pela JBS não oferecem mais novidades, restariam as operações bancárias que poderiam passar por Palocci, sem dúvida a pessoa mais próxima de Lula, dos financiadores e da direção do partido.

Palocci com a palavra? Vamos aguardar.


 
 
 

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