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O MELHOR CABO ELEITORAL

  • Amir Khair
  • 9 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

A última pesquisa de intenção de voto para presidente da República (publicada dia 31/01), uma semana após a condenação em segunda instância do ex-presidente Lula, praticamente não alterou o cenário da pesquisa anterior. Lula continua com 34%, Bolsonaro 16%, Marina 8% e Ciro, Alkmin e Luciano Huck com 6% cada. Rodrigo Maia e Henrique Meirelles com 1%.

Fato é, como venho repetindo, que estão em disputa o "continuísmo" desejado pelo mercado, com reformas, privatização e redução do papel do Estado; ou mudança com outra política econômica focada no crescimento e no social.

O projeto continuísta de marca Temer é abominado sob o aspecto moral, político, econômico e social, principalmente, por descarregar sobre a população a crise devida à recessão para preservar o sistema financeiro que impacta o crescimento e o déficit público pela via dos juros.

O projeto de mudança não está definido, apesar de algumas manifestações e propostas dos candidatos que se opõem ao atual governo. Esse projeto só vai conquistar votos se for facilmente entendido pela população, considerado a seu favor, e exequível de ser implantado.

Deve pesar ao eleitor a questão da ética, de forma mais acentuada do que em eleições passadas. Candidatos com passado comprometido e partidos envolvidos em escândalos de corrupção tendem a perder potencial eleitoral.

Quem almeja vencer há que ter visão clara de como conduzir a economia para a geração de empregos, saneamento das contas públicas e políticas voltadas para a educação, saúde e segurança pública, principalmente.

Recursos não faltam ao setor público. Há que saber administrá-los. O combate sistemático à corrupção e a desperdícios com juros e ineficiência de execução permitem amplo espaço de alocação a favor da sociedade para melhorar os serviços públicos.

A retomada do crescimento restaura a arrecadação pública. A recessão nos três últimos anos (2015 a 2017) derrubou a arrecadação do governo federal em R$ 1,1 trilhões (!), mais do dobro dos R$ 500 bilhões que seriam obtidos, segundo o governo, com a reforma da Previdência nos próximos 10 anos!

Colocar o pé no freio da economia tem isso: ao mirar e atacar despesas sociais, como política de governo, tem troco – reduz a atividade econômica e derruba a arrecadação bem mais do que a economia desejada.

Assim, Temer e sua quadrilha no Planalto e no Congresso provavelmente serão os melhores cabos eleitorais da oposição.


 
 
 

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