PERSPECTIVAS PARA 2018 – "Política"
- Amir Khair
- 29 de dez. de 2017
- 2 min de leitura
O próximo ano será marcado pela forte disputa política para os postos do Executivo e Legislativo federal e estaduais. É um ano de composições políticas, troca-troca de partidos e toda sorte de denúncias e tentativas de conquista de eleitores.
Os políticos que gozam hoje de mandatos terão que suar a camisa muito mais do que em eleições passadas, pois já são alvo preferencial do desagrado da população pelas mordomias do cargo, dos desvios de corrupção e da complacência da justiça com os desvios fragrantes de conduta.
A insistência do governo Temer pela aprovação da reforma da Previdência Social só vai agravar esse quadro de repulsa a políticos e eles sabem bem disso.
É por essa razão que, segundo "O Estadão", apesar de gastar R$ 43,2 bilhões para comprar votos favoráveis à reforma, o governo ainda está longe de atingir os 308 votos necessários à primeira votação na Câmara de Deputados.
Sabendo da dificuldade de se reelegerem, deputados e senadores terão que se voltar cada vez mais às suas bases eleitorais. Isso significa menos tempo em Brasília e, portanto, menos quórum para aprovação de projetos de leis de interesse do governo. Fora isso, matérias que podem trazer desgastes eleitorais não serão votadas.
Olhando os candidatos já em campanha, o destaque é para Lula que se mantém firme na primeira posição nas pesquisas de intenção de voto. O julgamento em segunda instância está marcado para ocorrer em 24 de janeiro. Caso seja condenado, estará impedido de concorrer, o que mudaria radicalmente a disputa. Mesmo um nome por ele indicado dificilmente herdaria a maior parte dos votos lulistas. Se não for condenado, o que duvido, é sério candidato a ir para o segundo turno e ganhar a eleição.
A aposta que o mercado financeiro vem fazendo é por um candidato de centro-direita que dê continuidade à política do governo Temer. Candidatos não faltam a essa posição: Henrique Meirelles e Geraldo Alkmin já se apresentaram.
Pela Esquerda vem Ciro Gomes, pela extrema Esquerda, Guilherme Boulos e, pela extrema Direita, Jair Bolsonaro: todos com propostas de mudanças ao status quo.
Dia 24 de janeiro será o divisor de águas da eleição presidencial. Vamos aguardar.




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