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RETROSPECTIVA 2017

  • Amir Khair
  • 25 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Chegando o final do ano, começam a aparecer análises sobre retrospectivas do ocorrido neste ano. Sob o ponto de vista econômico, pouco há o que comemorar, pois a economia continua semi-estagnada, apesar do recorde na produção agrícola. Nos últimos dois anos o PIB recuou 7,2%. Se crescer 1% neste ano, pouco altera a perda já ocorrida.

A questão fiscal só vem se deteriorando, pois a relação dívida/PIB, principal indicador fiscal, não parou de subir, apesar de recursos extraordinários terem sido usados pelo governo, como, por exemplo, duas repatriações de dólares do exterior, privatizações e devoluções de empréstimos por antecipação de R$ 150 bilhões do BNDES para o Tesouro Nacional.

No início do ano essa relação estava em 69,9% e deve terminar o ano em 77%, com crescimento de sete pontos percentuais em apenas um ano. Desastroso!

A inflação é que deu uma trégua. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação foi de 2,7%. O que influenciou esse resultado foi a deflação no preço dos alimentos, que segundo o IBGE foi de 2,8%.

A percepção da classe média é outra bem diferente, pois aumentaram os preços da energia elétrica, combustíveis, matrículas escolares e outros serviços. Isso faz com que muitos comentários nesta Página ponham dúvida na veracidade dos números oficiais.

De qualquer forma, não há nenhum mérito do governo com relação ao resultado da inflação. O recorde da produção agrícola reduziu o preço dos alimentos, que vinham puxando a inflação para cima de 2004 a 2016, e a menor inflação dos serviços devido à baixa atividade econômica.

Quanto à redução da Selic, que segundo o Banco Central (BC), é consequência da queda da inflação, não há mérito algum do BC, que perdeu tempo em iniciar o processo de redução da Selic. A inflação está prevista para encerrar o ano em 2,8% abaixo do nível mínimo da meta de inflação de 3,0%. Em geral, desde 2008 os bancos centrais trabalham com a taxa básica de juros ao nível da inflação.

A boa notícia foi a derrota parcial do governo, que não conseguiu aprovar no decorrer deste ano a reforma da Previdência Social, deixando para fevereiro a última tentativa para aprovação. Com forte campanha publicitária toda a mídia defende essa reforma, que é um redutor de direitos de amplas camadas da população.

A repulsa da sociedade a essa reforma é bem caracterizada pelas pesquisas de opinião e nas redes sociais. Dificilmente passará no Congresso, pois é uma bomba na cabeça dos que a apoiarem devido à proximidade das eleições. De qualquer forma há que intensificar a pressão da sociedade sobre os parlamentares.


 
 
 

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