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A ÚLTIMA CARTADA

  • Amir Khair
  • 11 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Temer tinha acertado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, votar a reforma da Previdência no dia 6 deste mês. Como não conseguiu os votos necessários, essa dupla remarcou para dia 18. Até lá espera conseguir os 308 votos necessários para a aprovação em primeira votação na Câmara.

Até agora já torrou R$43,2 bilhões (!) na compra de votos para a aprovação da reforma, ou seja, 9% da economia prevista em R$ 480 bilhões a ser feita durante 10 anos. E não vai parar por aí. Segundo avaliação do Estadão (9/dez), 124 deputados da base aliada já declararam que vão votar contra o governo.

Considerando que 81 deputados fora da base também já declararam que vão votar contra o governo, já são 205 votos contrários. Assim, Temer não conseguiria os 308 votos necessários à aprovação da reforma.

Bateu desespero na "quadrilha" do Planalto que levou Temer a procurar o apoio dos empresários indo às entidades de classe, pedindo a eles que pressionem (comprem?) os deputados.

Os dissidentes da base (des)aliada argumentam que já deram sua cota de sacrifício para livrar Temer das duas denúncias da Procuradoria Geral da República. Agora chega.

O fracasso da eventual perda na votação do dia 18 pode encerrar prematuramente este governo. Talvez, Rodrigo Maia ainda se salve, pois pode acusar Temer de não saber conduzir esse processo para aprovação da reforma e que não culpe a Câmara por esse fracasso.

Fato é que a derrota, junto com a debandada do PSDB, irá certamente desidratar mais ainda a base de sustentação de Temer levando-o ao isolamento sem condições de aprovar medidas de ajuste fiscal consideradas fundamentais pela equipe econômica.

Se já é considerado um governo corrupto por 86% da população, agora, então, com a ida de Carlos Marun (da tropa de choque de Eduardo Cunha) para a Secretaria de Governo, ficam só pessoas marcadamente suspeitas de corrupção neste governo.

Quem ficar do lado do governo estará com os dias contados para o fracasso nas eleições do próximo ano e os deputados sabem disso.

Aguardemos os próximos passos. A reação crescente da sociedade parece não ter fim mesmo após a vultosa campanha na mídia para mostrar que essa reforma iria acabar com os privilégios do setor público. Não colou.

Está sendo jogada a última cartada do Planalto.


 
 
 

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