ELEIÇÕES 2018 – "ALIMENTAÇÃO"
- Amir Khair
- 1 de dez. de 2017
- 2 min de leitura
Vimos no artigo anterior (Eleições 2018 – Propostas – 29.11.17) a necessidade de destravar o crescimento via redução do custo do crediário, assunto constante nas análises que faço aqui. Isso permitirá para a mesma massa salarial um substancial aumento do consumo, carro-chefe do crescimento.
Não creio que exista algo mais importante para o consumo do que a alimentação, o que é básico para a vida.
Neste sentido, tudo que favoreça uma alimentação saudável e farta para a população pode estar em primeira grandeza no debate público. Visando contribuir para esse debate nas redes sociais, sugeri a criação do Imposto de Exportação sobre o agronegócio, que prioriza a exportação em detrimento do abastecimento no mercado interno.
Ele, além de ser o maior sonegador da previdência rural, aproveita a oportunidade que os alimentos estão com preços atrativos internacionalmente e deslocam boa parte da sua produção para o exterior. Nada contra o fato de exportar alimentos, o Brasil é um importante celeiro do mundo, mas essa exportação tem que estar subordinada aos interesses maiores da sociedade, que visam proteger em primeiro lugar o consumo doméstico fornecendo alimentos em quantidade suficiente para manter preços em harmonia com as necessidades da população. Isso é estratégico.
Assim, ao se ter o Imposto de Exportação, com percentuais baixos, se aumenta a oferta no mercado interno, reduzindo os preços dos alimentos pela lei da oferta e da procura.
A redução no preço dos alimentos permite aumentar não só o consumo e a qualidade dos alimentos da população, especialmente a população mais pobre, que muitas vezes é tolhida de se alimentar devidamente por falta de recursos.
Outras vantagens advêm de se ter uma maior oferta de alimentos para o mercado interno. A principal delas é que permite maior folga no orçamento da população de menor renda, que poderia direcionar parte disso para aquisição de outros bens e serviços. Assim, além de uma redução da inflação se teria um aumento na atividade econômica e, portanto, uma força saudável para o crescimento econômico.
Essa é apenas uma proposta. Existem várias outras importantes, que poderei abordar proximamente.
Caso algum candidato à presidência venha a encampar propostas claras de crescimento, representará um contrapondo poderoso à essa política econômica neoliberal, dominada e subserviente aos interesses do sistema financeiro.
A economia real de um país só progride quando você tem um volume forte de consumo para garantir faturamento e lucro para as empresas para que possam desenvolver de forma segura e firme os seus resultados e sua saúde financeira.
É o que a gente quer ver na próxima eleição, propostas em debate que contemplem toda a realidade que se vive e não apenas se vai haver ou não continuidade dessas políticas atrasadas que mantém o Brasil preso no passado.




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