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Novos rumos (I) - INFLAÇÃO

  • Amir Khair
  • 20 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

A inflação é o maior algoz da população mais pobre do país, porque ela não consegue se defender fazendo aplicações financeiras que preservem o valor do seu salário. Assim, é

fundamental que o governo priorize o combate à inflação. Uma coisa, porém, é reconhecer a importância de se combater a inflação; outra, bem distinta, é o tipo de combate feito pelo Banco Central (BC) essencialmente através da taxa básica de juros SELIC, posicionada em nível muito acima do padrão internacional. Isso porque a inflação depende de outros fatores que não aqueles sobre os quais o BC trabalha que é a sua política monetária. Cerca de 80% (!) do valor do IPCA não depende do BC, não sendo influenciados pela Selic, nem pela liquidez, nem pelos depósitos compulsórios.

Tratam-se dos:

a) alimentos com peso de 25% no IPCA, que dependem das colheitas, que dependem das condições climáticas;

b) serviços com peso de 35% no IPCA, que dependem da lei da oferta e da procura, com milhões de demandantes e ofertantes num mercado de forte concorrência; e

c) preços monitorados, com peso de 20% no IPCA, que dependem de decisões dos governos federal (energia elétrica e combustíveis), estaduais (água e esgoto) e municipais (transporte coletivo).

De 2010 até 2016, os alimentos contribuíram para elevar a inflação. Nesse período tiveram uma inflação média de 9,2%(!) ao ano contra 6,8% no IPCA. Só neste ano que estão contribuindo para reduzir a inflação devido à colheita recorde. Nos últimos 12 meses encerrados em setembro ocorreu deflação de 2,1% nos alimentos.

De 2005 até 2014 foi a vez de os serviços sempre contribuírem para elevar a inflação, devido ao súbito crescimento da classe média ocorrido até então. Nesse período tiveram uma inflação média anual de 7,3% contra 5,4% no IPCA. A partir de 2015 começam a perder força, devido à recessão, mas ainda se situam acima do IPCA.

Os preços monitorados sempre ficaram acima da inflação, desde 1995 até 2006 (12 anos seguidos), e foram reajustados abaixo da inflação de 2007 a 2014, causando danos à Petrobras e Eletrobrás, por políticas irreais de preços, que só foram compensadas em 2015, quando atingiram a inflação de 18,1%!


 
 
 

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