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NOVOS RUMOS (I) – “CRESCIMENTO”

  • Amir Khair
  • 30 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

O fracasso dessa política econômica abre espaço de discussão sobre novos rumos para tirar o País da crise e resolver de vez o problema fiscal. Nesse artigo trato da primeira parte do desafio que está posto: o de retomar o crescimento econômico perdido desde meados de 2014. Na segunda parte virão mais propostas para destravar o crescimento. Em artigos sucessivos tratarei do desafio fiscal e da inflação.

CRESCIMENTO

O fio condutor do crescimento econômico é, sem sombra de dúvida, o consumo. Sempre representou mais de 60% na composição do Produto Interno Bruto (PIB). Representou nos últimos anos cerca de 64% do PIB. Em segundo lugar está o chamado Consumo do Governo, ou seja, as despesas da União, dos Estados e municípios, que compõem cerca de 20% do PIB. Em terceiro lugar vêm os investimentos, que representam cerca de 16% do PIB. Assim, para crescer há que estimular o consumo. Como?

De várias formas:

a) melhorar a distribuição de renda com programas como o Bolsa Família, ampliando seu valor e alcance e colocar o salário mínimo acima da inflação;

b) reduzir os impostos sobre bens essenciais;

c) reduzir os principais custos do orçamento da população de menor renda, como, por exemplo, gratuidade para o transporte coletivo, expansão de sacolões, restaurantes populares, medicamentos essenciais gratuitos, expansão da moradia popular, tarifas de energia elétrica e de água com maiores descontos, etc.; e

d) criar programas de educação maciça para orientação ao consumo saudável e essencial.

CREDIÁRIO

Além dos estímulos acima, há um especial, pouco considerado. É, no entanto, o mais importante: baratear o crediário. No Brasil o crediário sempre foi disparado o mais caro do mundo. Em agosto a taxa de juros para o consumo estava em 140% ao ano. Nos países emergentes ela gira entorno de 10% e nos países desenvolvidos 3%.

Com essa taxa de juros quem precisa do crediário terá um sobre-preço sobre uma compra à vista de 140%. Assim, um produto que vale 100 à vista, no crediário passa a custar 240 (100 + 140 de juros). Esse é o principal freio ao consumo, pois boa parte das compras das classes média e de menor renda se dão pelo crediário.

Se fosse praticado no País a taxa de juros do crediário de um país emergente, o produto que vale 100 à vista, poderia ser adquirido por 110 (100 + 10 de juros). Bela diferença, não?

Esse crediário constitui o maior assalto ao bolso das pessoas pelo sistema financeiro. Quebrar isso é básico para destampar o consumo, mesmo sem mexer na massa salarial.

Como fazer isso será objeto do próximo artigo. Aguardem!


 
 
 

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