ESTÁ DIFÍCIL
- Amir Khair
- 3 de out. de 2017
- 2 min de leitura
No final deste mês já deverá estar encerrada a votação na Câmara da segunda denúncia contra o presidente da República. É quase certo que será arquivada mais essa denúncia, pois:
a) a maioria dos deputados teme que se aprovarem a denúncia outras que virão poderão alcançá-los; e
b) aproveitam para negociar vantagens em troca do voto, no
toma lá dá cá.
Assim, se juntam no mesmo barco todos os assaltantes engravatados do Planalto e do Congresso. Diante de toda essa safadeza a grande mídia propaga que apesar dos assaltos aos cofres públicos as instituições funcionam. Funcionam? Sim, mas para a impunidade de políticos corruptos e para a maioria de juízes e procuradores, que ganham acima do teto salarial para o setor público através de artifícios que não consideram ganho uma série de vantagens que recebem
descaradamente.
Levantamentos frequentes sobre ganhos de juízes e procuradores mostram com clareza que na maioria dos casos o teto constitucional é ultrapassado. Será que os paladinos da moralidade como são considerados Sergio Moro e os
procuradores da Lava-Jato cumprem esse teto? Será que o excesso de ganhos desses juízes e procuradores recebido durante vários anos num verdadeiro assalto aos cofres
públicos será devolvido? Duvido.
Submetida a essas instituições antidemocráticas está a população cuja voz não se faz ouvir e que está desanimada de ir para as ruas exigir o que é de seu direito. Os poucos
que ainda se arriscam a ir às ruas correm o risco de agressões da polícia e/ou do tumulto quando causado por black bloc.
Enquanto o STF Supremo Tribunal Federal permanece inerte e desrespeitado, é mais provável que essa gangue que tomou de assalto o Planalto continue golpeando a sociedade de forma descarada até o final do próximo ano. Como parece excluída qualquer ação que resulte na queda dessa gangue só restará a alternativa de nos livrarmos dela nas eleições de 2018.
O problema dessas eleições é a incógnita sobre que futuro virá para a sociedade com os novos escolhidos nas urnas. Os nomes que já surgiram como pretendentes à Presidência
da República não merecem confiança. Salvadores da pátria muito menos.
Está difícil.




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