POR QUE A POLÍTICA ECONÔMICA FRACASSOU?
- Amir Khair
- 5 de jul. de 2017
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Nos primeiros 80 anos do século passado (1901/1980) o Brasil cresceu em média 5,7% ao ano. Desde 1981, no entanto, até 2002, apenas 2,0%. No governo Lula (2003/2010), apesar da crise de 2007/2009, dobrou para 4,0%.
Dilma (2011/2015) começou metendo o pé no freio com o encarecimento do crédito via medidas macro prudenciais criadas pelo Banco Central. No último ano do governo Lula (2010) a economia crescia a 7,5%. Em 2011 recuou para 2,7% e não se recuperou mais.
Vários erros foram cometidos na política chamada de "Nova Matrix Econômica" durante o governo Dilma1 (2011/2014) :
a) adoção de tarifas irreais de energia elétrica, que entupiu de
dívidas a Eletrobrás, tendo que voltar atrás criando forte componente inflacionário em 2015;
b) subsídio à gasolina e diesel às custas de pesados prejuízos à Petrobras, priorizando o transporte individual e retirando recursos do transporte coletivo ao anular a CIDE;
c) endividou o País com a emissão de cerca de meio trilhão de reais de títulos com custo pela Selic, transferindo os recursos ao BNDES que os emprestava a grandes empresas com custo pela TJLP (bolsa empresário);
d) acabou com a quota patronal que pertence ao INSS para subsidiar 56 setores econômicos, o prejuízo na maior parte recaiu sobre a Previdência Social; e
e) permitiu o aumento do endividamento dos Estados, já afogados em dívidas.
Em 2015, traindo seus eleitores, deu um "cavalo de pau" na economia, adotando um modelo neoliberal para combater os rombos fiscais criados por ela. Caiu, principalmente, pelo fracasso da sua política econômica.
Com o golpe parlamentar conduzido pela cúpula podre do PMDB, apoiada pelo PSDB, a política econômica seguiu a mesma linha adotada a partir de 2015: resolver o problema fiscal pela redução das despesas sociais e previdenciárias via reformas constitucionais. Com isso imaginavam que as empresas iriam investir e daí viria o crescimento. Mais um erro grave de diagnóstico, tanto na questão fiscal quanto no crescimento.
FISCAL
Não entenderam que, pela média dos últimos três anos, o rombo nas contas públicas foi devido em 90% a juros e só 10% à déficit primário (despesas exclusive juros acima de receitas). Deixaram os juros de lado e só tentaram reduzir despesas sem perceber que o tombo maior no déficit primário vinha da perda de arrecadação.
CRESCIMENTO
Não consideraram o consumo como sendo o carro-chefe do crescimento, e ele que leva as empresas a investir. O que trava o consumo são as taxas de juros do crediário, que agridem o orçamento doméstico e levam consumidores à Serasa.




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