PERSPECTIVAS PARA 2019 - I
- Amir Khair
- 30 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
A continuidade das delações premiadas tem o potencial de fragilizar mais ainda o governo e caciques políticos que comandam o Congresso e agravar a crise econômica com a retomada do crescimento cada vez mais distante.
Avalio para 2019 dois cenários:
a) Cenário A – continuidade da atual política econômica; e
b) Cenário B – retomar o crescimento combatendo o excesso de despesas financeiras.
A adoção do cenário A descarrega o peso da crise sobre a classe média e de menor renda e preserva bancos e rentistas. Já no caso da B, o inverso. Esse me parece o ponto central!
Neste artigo abordo apenas o Cenário A e no artigo da próxima sexta-feira (1º de setembro), o Cenário B.
No Cenário A haveria a continuidade da atual política deste governo, com a economia apoiada na PEC do teto de despesas primárias (que exclui juros) e na complementação da reforma da previdência para criar a expectativa de solução a longo prazo da crise fiscal, o que levaria os empresários a investir nas empresas e na infraestrutura, como base para retomada do crescimento.
Neste cenário, o consumo das famílias é consequência da geração de emprego devido aos investimentos e a redução da Selic é consequência da inflação rumar para a meta de 4,5%.
Segundo análises divulgadas, a Selic real (excluída a inflação) deveria ficar de 5 a 6 pontos acima da inflação.
As projeções fiscais com a aprovação da proposta do governo revelam que continuará crescendo a relação dívida/PIB dos atuais 70% para perto de 100% para então decrescer só a partir de 2023!
Isso poderá piorar a posição na classificação de risco do País, pois é o elemento crítico nas agências de classificação.
Por outro lado, a lentidão prevista na retomada do crescimento (devida às dificuldades das pessoas e empresas com endividamento e ociosidade elevados) tornam a recuperação do crescimento demorada.
Não seria uma boa perspectiva para o País e traria sério desgaste político e nas expectativas dos agentes econômicos. Na próxima sexta feira apresento uma alternativa a este cenário, que me parece mais adequado às necessidades da sociedade.




Comentários