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O TIRO SAIU PELA CULATRA

  • Amir Khair
  • 27 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

A atual política econômica seguiu os mesmos passos dados em 2015 quando a ex-presidente Dilma Roussef, traindo seus eleitores, adotou o receituário ortodoxo escolhendo um representante do mercado financeiro, Joaquim Levy, como Ministro da Fazenda. O diagnóstico naquele início de segundo mandato foi o mesmo de agora: contenção das despesas sociais e reforma da previdência social.

Com o fracasso de Levy nas negociações com o Congresso, Dilma pediu ao seu vice Michel Temer, então presidente do PMDB, que conduzisse as negociações para aprovação dos projetos de lei para o que se denominou na época de ajuste(?) fiscal. O Congresso, no entanto, boicotava o governo e ameaçava votar uma pauta-bomba criando despesas elevadas ao setor público.

Ao invés disso, Temer articulou com Padilha, Cunha e Jucá o impeachment de Dilma. Padilha como seu preposto, Cunha na Câmara e Jucá no Senado. Houve, então, o acordo entre o PMDB e PSDB para a derrubada da ex-presidente. Aí se consolidou o golpe parlamentar. Faltava escolher o “crime” fiscal.

Foi escolhido o que se convencionou chamar de “pedaladas”: o uso de banco público para efetuar pagamentos de compromissos do Executivo, que estava com dificuldades de caixa para fazê-los no devido tempo.

Mas, para surpresa de muitos, Dilma não poderia ser responsabilizada pelas “pedaladas”. A perícia técnica do Senado concluiu que não havia nem participação direta nem indireta da ex-presidente. Aí então mudou-se o “crime” para a emissão de três decretos de suplementação orçamentária, que, segundo seus acusadores, não poderiam ser emitidos sem a consulta à Câmara. Foi com base nisso que oi condenada no Senado.

Esses decretos, no entanto, não aumentavam despesas, tanto é que os órgãos de controle do Executivo, da Câmara e do Senado, bem como o Tribunal de Contas da União, não haviam se manifestado como contrários, pois pela Lei de Responsabilidade Fiscal, é competência deles agirem quanto a irregularidades na gestão orçamentária. Silêncio total.

O Supremo Tribunal Federal assistiu e presidiu no Senado essa farsa desde o momento em que deixou livre o larápio Eduardo Cunha e a gangue do PMDB (Renan, Jucá, Geddel e Padilha) livre até hoje!

A saída da Dilma, no entanto, colocou uma bomba no colo do PMDB e PSDB, pois não sabem como resolver a crise fiscal e econômica. O desgaste é assustador e crescente. Pesquisa CNI/Ibope divulgada em 27/07 mostra que apenas 5% dos brasileiros aprovam o governo de Michel Temer enquanto 70% consideram a gestão do peemedebista como ruim ou péssima.

É, parece que o tiro saiu pela culatra!


 
 
 

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