ELEIÇÕES 2018

Independentemente de quem seja o presidente da República até o final de 2018, creio que se manterá praticamente inalterada a atual política econômica vigente no País. É, também, provável que Temer se mantenha na presidência protegido pela parte mais corrupta do Congresso, numa ação corporativa de defesa contra as operações anticorrupção.

As delações, no entanto, não vão parar.

Fatos novos virão e vai ficar cada vez mais claro para a sociedade a ação das gangues políticas, seus chefes e sua composição.

Assim, o ambiente político até as próximas eleições continuará tenso e marcado pela forte oposição entre a sociedade e o governo, refletindo, inclusive, nos governos estaduais. Isso aponta para renovação nos quadros políticos do Executivo e do Legislativo federal e estadual.

Devem crescer no espectro político os partidos de oposição ocupando, principalmente, espaços do PMDB e PSDB.

Se a Esquerda quiser crescer, deve operar em frontal oposição ao governo e, especialmente, ao sistema financeiro. Ela deve informar a população como este sistema cerceia o consumo, retirando o poder de compra via altas taxas de JUROS no crediário. É o responsável pelo principal assalto ao orçamento das famílias.

No front fiscal os bancos assaltam o Tesouro Nacional ao se beneficiar da alta Selic inviabilizando as contas públicas. Assim, golpeiam a população pela via direta no crediário e indireta pelo saque ao Tesouro Nacional. Com isso reduzem o alcance das políticas de renda e sociais e travam o crescimento do País.

Como o sistema financeiro é um grande anunciante, mantém a grande mídia como aliada. A Crefisa, por exemplo, patrocina dois programas de elevada audiência da TV Globo: "Jornal Nacional" e "Domingão do Faustão". Cobra taxas de juros de botar inveja aos agiotas.

Se quiser avançar, a Esquerda precisa, portanto, agir com foco e estratégia. O foco deve ser o combate ao sistema financeiro e, como estratégia, deve se unir em torno de princípios comuns, na escolha de candidatos comprometidos com a luta social e na apresentação de propostas factíveis que venham ao encontro dos interesses contidos da população.