OS CHEFES DAS GANGUES

As suspeitas de comandar poderoso esquema de corrupção vão cada vez mais se tornando realidade ao colocar Temer como protagonista principal da "gangue" do PMDB.

Esse cidadão foi presidente do PMDB por muitos anos e três vezes presidente da Câmara federal. Este partido sempre teve participação importante no poder público. Os fatos apontam para elevadas doações provenientes de propina a este partido e ao próprio Temer.

O cerco se aperta a cada dia com a sequência de delações envolvendo a gangue do PMDB e seu chefe. De pouco adiantou Temer ir ao exterior na tentativa de se afastar da crise moral que abate seu governo.

A sociedade aguarda e cobra decisões da Justiça capazes de por na cadeia todos os corruptos que assaltaram os cofres públicos. Este é um assalto a cada cidadão, pois o recurso que lá está veio também dele. É mais grave esse tipo de assalto do que o praticado por alguém contra outra pessoa, pois atinge a todos. E há um agravante: o dinheiro público deveria ser destinado principalmente àqueles que mais dependem do Estado por não terem recursos para pagar pelos serviços de empresas privadas como educação, saúde, assistência social e previdenciária.

O exemplo de justiça deve partir da mais alta Corte do País, o Supremo Tribunal Federal (STF), que deve decidir o rumo das delações e as acusações do Procurador Geral da República Rodrigo Janot. Alguns ministros desta Corte, no entanto, têm dado sinais de restringir o prosseguimento das acusações, tendo um deles afirmado que "já ultrapassaram seus limites".

Está na hora de a sociedade redobrar a vigilância sobre as tentativas de manter impunes os assaltantes da sociedade, especialmente agora que o foco das acusações se voltam para os chefes das gangues.